19 março, 2009

Isto é irrelevante?!

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Desde 6ª feira passada que tive acesso, como todos que consultem a sítio online respectivo ou vejam o Expresso da Meia Noite, à primeira página do Semanário Expresso.
Trazia em manchete um assunto que é importantíssimo a todos nós açorianos (compra de um meio de transporte marítimo cheio de buracos e que já foi neste blog referida - e bem!) e, em baixo, trazia uma notícia sobre Ricardo Rodrigues.
Quem é Ricardo Rodrigues?
- Foi Secretário Regional de 2 Governos (2 primeiros Governos de César- como Secretário do Ambiente, 1º, e 2º como Secretário da Agricultura e Pescas)
- Foi deputado regional
- Agora, é deputado da AR, eleito pelos Açores na lista do PS (e vice-presidente da bancada socialista, assumindo papel de porta-voz em muitos assuntos mais mediáticos).

Ora bem, uma pessoa com este curriculum não pode, em circunstância alguma, estar envolvido em suspeitas judiciais. Não pode! A bem da moralidade da vida pública. E o que o Expresso trouxe, não parecem (a partir do momento em que há caso julgado, existe uma decisão definitiva) resultar dúvidas: Ricardo Rodrigues, nome que se aponta (ou apontava-se[ depois disto...]) para candidatar-se a líder do PS Açores e a substituir Carlos César no Governo Regional, está envolvido na insolvência (falta de património, bens...) culposa da empresa que detinha em 51% do seu capital - Comunicações Insulares e Publicidade, S.A, estando a empresa com uma dívida de 1 milhão de euros!

Se os políticos, na sua vida profissional dão sinais de incompetência (ou, sei lá, invente-se outro termo mas não se mascarem os factos), como poderão exercer cargos públicos?
Eu não digo que este seja caso único. Há muitos por aí (ex. suspeitas sobre Mesquita Machado - Pres. CM Braga.); no entanto, este releva em minha opinião por se tratar de alguém que já participou em diversos cargos públicos e falar-se neste senhor para Pres. Governo Regional.

Por isso não percebo (ou então fui eu que procurei mal) a omissão da blogosfera açoriana neste caso. Refira-se, no entanto, que o fôguetabraze referiu essa situação em 16 Março de 2008. (não consigo fazer link directo, mas está nesse arquivo); e que o blog setevidascomoosgatos em 18 Março 2008 também tocou no assunto. Mas parece-me pouco dada a importância da questão e da pessoa em causa. E o que é facto é que o Expresso voltou à carga com o assunto.

Isto não é um ataque ad hominem. Nada me move contra a pessoa que nem sequer conheço. É sim uma sapatada na apatia sobre a imoralização da vida pública (e atenção que o que se está a comentar é o político e não o homem em si, embora a fronteira por vezes seja ténue).

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