17 setembro, 2009

É assim por vezes!

14 setembro, 2009

Será mesmo??

Noticia in Açoriano Oriental

Noticia sobre Gripe A - Poderão surgir mortes

Não quero desvalorizar a situação mas isto começa a cheirar a repetição da história da Gripe das Aves.. Tanto alarmismo, tanto medo, tanto cuidado.
Parece mesmo aquela lenda do miudo e do lobo. Tenho medo que se crie tantas espectativas na população e que no final volte ao mesmo, com alarmismos e poucas consequências.
Até ao dia que vem mesmo uma epidemia que seja mesmo catastrófica... E ai estamos todos lixados...

10 setembro, 2009

09 setembro, 2009

Benfica vs Setubal : 8-1

Tive dois convites para o Benfica Setúbal da passada semana, desloquei-me ao estádio para ver o festival de golos, ainda para mais, fiquei ao lado do camarote presidêncial.

07 setembro, 2009

O Acordo e a NATO


É com a constituição da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), igualmente conhecida por NATO e por Aliança Atlântica, que também se pode demonstrar como os Açores tem influenciado a visibilidade de Portugal no mundo.

Embora tenha sido constituído a 4 de Abril de 1949, o Tratado do Atlântico Norte, só entrou em vigor a 24 de Agosto do mesmo ano, (foi há 60 anos) depois de ratificado pelos doze países fundadores. Os objectivos nele consignados, que se fundamentaram na necessidade de travar a expansão comunista que alastrara no período pós II Guerra Mundial, continuam a ser os de manter a segurança dos países que pertencem à NATO e a segurança do atlântico norte. Pode ler-se no art. 5º, que diz “as Partes concordam em que um ataque armado contra uma ou várias delas na Europa ou na América do Norte será considerado um ataque a todas, e, consequentemente, concordam em que, se um tal ataque armado se verificar, cada uma, no exercício do direito de legítima defesa, individual ou colectiva, prestará assistência à Parte ou Partes assim atacadas, praticando sem demora, individualmente e de acordo com as restantes Partes, a acção que considerar necessária, inclusive o emprego da força armada, para restaurar e garantir a segurança na região do Atlântico Norte”.


A quando da constituição desta nova organização política e militar estava mais que provado que a vitória dos aliados nas I e II Guerras Mundiais dependera da segurança do atlântico norte. Isso só fora possível em consequência da participação dos Açores como Base de apoio ás potencias Aliadas.


Ora, tendo sido os EUA o principal impulsionador da Aliança Atlântica, que desta forma se evidenciava na liderança no “bloco ocidental”, era preciso garantir a continuação da sua presença nos Açores ao abrigo do novo quadro da NATO. É nessa perspectiva que se introduziu uma clausula no Tratado do Atlântico Norte - a segunda parte do art. 6º - que, para os fins do art. 5.° já acima citado, considera ataque armado contra uma ou várias das Partes “o ataque armado contra as Ilhas sob jurisdição de qualquer das Partes situadas na região do Atlântico Norte ao norte do Trópico de Câncer”, precisamente para abranger as ilhas açorianas.


É por esse motivo que Portugal sobressaiu como país convidado para ser fundador do tratado que instituiu a NATO, mesmo sabendo-se que as relações entre EUA e Portugal não eram as melhores, ou que o governo português desconfiasse do imperialismo americano e rejeitasse o seu modelo de democracia. Alias, essas tinham sido algumas das causas que contribuíram para demorar a cedência de facilidades na instalação de uma base aérea na ilha de Stª Maria, em 1944, o que só veio a acontecer quase no final da guerra e perante a “ameaça” de ocupação das ilhas pelos aliados.


A Espanha não foi, intencionalmente, convidada para ser membro fundador do Tratado do Atlântico Norte, por ter um governo de ditadura fascista. Portugal foi convidado a ser fundador do NATO, mesmo tendo um governo de ditadura fascista, porque as ilhas açorianas lhe pertenciam.


É mais uma vez o valor geoestratégico dos Açores a favorecer Portugal.


Cláudio Almeida


Correio dos Açores e Diário Insular