A toxicodependência é uma problemática que atinge um elevado número de jovens e de muitas famílias em todas as nossas ilhas. Os jovens tomam cada vez mais cedo o contacto com as drogas.
Existem locais perfeitamente identificados, onde, em plena luz do dia, se podem ver traficantes que se confundem com consumidores e consumidores que se confundem com traficantes. Traficantes que se passeiam impunemente junto de escolas e de locais de concentração de jovens.
Existem locais perfeitamente identificados, onde, em plena luz do dia, se podem ver traficantes que se confundem com consumidores e consumidores que se confundem com traficantes. Traficantes que se passeiam impunemente junto de escolas e de locais de concentração de jovens.
Os programas de desintoxicação e as comissões de dissuasão não estão a funcionar. É necessário reforçar e apoiar estas equipas de dissuasão da toxicodependência, ao nível de recursos humanos e capacidade de intervenção.
Apesar do excelente esforço e trabalho desenvolvido, estas comissões debatem-se com inúmeros problemas de funcionamento, de capacidade de resposta e de fiscalização das medidas que a própria comissão propõe aos seus utentes.
No último relatório do Instituto da Droga e Toxicodependência, os Açores continuam no topo das regiões onde há maior consumo.
O Governo Regional do Partido Socialista continua sem uma linha orientadora para esta matéria, não assume o combate às toxicodependências como uma prioridade da sua acção governativa.
Há um ano, a grande novidade apresentada, foi a criação de uma Direcção Regional de Combate às Dependências. Passado mais de um ano da sua criação, os açorianos continuam sem conhecer resultados significativos da suposta acção deste novo departamento governamental.
Os açorianos têm que estar cientes de que o investimento, para 2010, é somente um milhão e meio de euros no combate às toxicodependências.
Para um problema tão grave que afecta a sociedade açoriana, como é o das toxicodependências, o governo avança com uma mísera verba que é ultrapassada por uma qualquer rubrica orçamental dedicada a deslocações dos membros do governo e do pessoal dos seus gabinetes.
O PSD não estando satisfeito com estas propostas avançadas pelo Governo Regional socialista, no que concerne o combate às toxicodependências e avançou com uma proposta de reforço, em 800 mil Euros, dedicados ao combate ás Toxicodependências, que infelizmente não foi aceite pelo PS.
E, assim, deixa-se muitos jovens a caminhar, isoladamente, para o abismo.
Ponta Delgada, 2 de Dezembro de 09 "Correio dos Açores"
Cláudio Almeida
6 comentários:
É um assunto que gostaria de discutir contigo, mas garanto-te que não é com reforço de verbas e repressão que se resolve este problema.
Em teoria, ideologicamente, o PS sabe-o (ou devia saber), mas não tem capacidade, nem vontade política de ir às suas origens, uma vez que é um dos seus facilitadores. Tenta manter um carisma ideológico com intervenções politicamente correctas, mas quando se chega à acção, outros interesses se movimentam e fica-se por aí: "Declarações Politicamente Correctas".
Não se trata dum problema em si, mas sim duma das muitas consequências do rumo político, económico, cívico e social que a nossa sociedade está a tomar.
A toxicodependência é, nas sociedades ocidentais desenvolvidas, o maior problema social deste tempo. Trata-se de um problema sério, que não se enfrenta com tibiezas nem com milhões. Entregá-lo aos doutores do costume ou deitar-lhe dinheiro para cima, não resolve. Também a gerrinha dos partidos +e dispensável.
Necessário é que se assuma, de uma vez, que o caminho é dar cabo do negócio aos traficantes, oferecendo melhor produto (diminuindo os danos) e gratuitamente (reduzindo drasticamente os danos colaterais na comunidade).
Arruinado o negócio dos financiadores deste maná, fica aberto o caminho para a recuperação dos «doentes» que se quiserem tratar.
Punctum Saliens
Ao #JF
Quem fala (ou escreve) assim, pensa com a SUA cabeça.
Pode não ter TODA A RAZÃO (ninguém a tem em exclusivo). Discordo, quando afirma que é o maior problema social deste tempo. Eu diria: um dos grandes...
Uma solução seria, a meu ver, dar incentivos para que as mães fiquem em casa e acompanhem os primeiros anos dos seus filhos. Há um abandono precoce...
Enquanto não faço divulgar uma petiução nesse sentido (quantas mães não desejariam poder ficar em casa até os filhos terem, pelo menos, 3 anitos?), tenho uma outra a circular online:
http://www.peticaopublica.com/?pi=P2009N575
Venceste o Prémio Dardos! Mais info no meu blog!
Olá, bom dia:)
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