Tenho evitado escrever nesta coluna sobre política partidária. Entendo que é um assunto do foro interno dos partidos políticos, cuja discussão é da responsabilidade dos seus órgãos próprios e por isso não há qualquer vantagem em trazê-lo ao debate público.
Acho mais importante demonstrar a minha opinião sobre temas que a todos interessam e que, de uma forma construtiva, contribua para se adoptarem melhores políticas com o objectivo de reduzir os graves problemas dos açorianos.
Temas tão importantes como a grande insegurança dos cidadãos, o consumo e o tráfico de drogas que não pára de aumentar, as elevadas percentagens de abandono escolar e o baixo ranking das nossas escolas, o abusivo aproveitamento dos estagiários, os milhares de compatriotas açorianos desempregados, as muitas centenas de famílias que atingem níveis de pobreza nunca antes registado, o custo dos manuais e das refeições nas cantinas escolares, a consecutiva queda das receitas do turismo ou dos comerciantes e pequenas empresas sem dinheiro para pagar os impostos. De tudo isso pouco ou nada se fala, numa propositada intenção de fazer esquecer os problemas
Vem isto a propósito da euforia dos dirigentes do Partido Socialista com os resultados destas eleições autárquicas, que tudo fizeram para abafar a esmagadora vitória da Drª Berta Cabral no maior Município da Região e esquecer a grande derrota do PS e do seu candidato à Câmara Municipal de P. Delgada.
É certo que o PSD/Açores não atingiu os objectivos a que se propôs, que era o de ganhar o maior número de autarquias. Mas também é certo que o PS só o conseguiu à oitava vez, que é o mesmo que dizer ao fim de 33 anos de regime democrático. E mesmo assim só obteve uma diferença de 3,2 pontos percentuais de votos a mais em toda a Região.
Mesmo partindo para o seu terceiro mandato, a Drª Berta Cabral ganhou estas eleições com 60,69%. Teve mais 8.600 votos do que o candidato do PS.
A obra feita, a sua competência, a confiança e esperança que o Povo nela deposita, deram-lhe mais uma extraordinária vitória.
Fez o que devia. Teve uma palavra de apreço e de partilha de sentimentos para com os que perderam, cumprimentou os vencedores e foi ao encontro de todos aqueles que com ela queriam festejar. É isso que um líder deve fazer.
Pelo contrário. Não ouvi qualquer palavra de solidariedade de Carlos César para com o derrotado do Partido Socialista, o homem que foi apresentado como um universitário, conhecedor da Europa e das cidades europeias, que o é. Nestas eleições, o Dr. Paulo Casaca obteve mais votos para o PS do que o seu homólogo nas autárquicas de 2005. Contudo, foi feito desaparecer na noite das eleições. Não o merecia.
Acho mais importante demonstrar a minha opinião sobre temas que a todos interessam e que, de uma forma construtiva, contribua para se adoptarem melhores políticas com o objectivo de reduzir os graves problemas dos açorianos.
Temas tão importantes como a grande insegurança dos cidadãos, o consumo e o tráfico de drogas que não pára de aumentar, as elevadas percentagens de abandono escolar e o baixo ranking das nossas escolas, o abusivo aproveitamento dos estagiários, os milhares de compatriotas açorianos desempregados, as muitas centenas de famílias que atingem níveis de pobreza nunca antes registado, o custo dos manuais e das refeições nas cantinas escolares, a consecutiva queda das receitas do turismo ou dos comerciantes e pequenas empresas sem dinheiro para pagar os impostos. De tudo isso pouco ou nada se fala, numa propositada intenção de fazer esquecer os problemas
Vem isto a propósito da euforia dos dirigentes do Partido Socialista com os resultados destas eleições autárquicas, que tudo fizeram para abafar a esmagadora vitória da Drª Berta Cabral no maior Município da Região e esquecer a grande derrota do PS e do seu candidato à Câmara Municipal de P. Delgada.
É certo que o PSD/Açores não atingiu os objectivos a que se propôs, que era o de ganhar o maior número de autarquias. Mas também é certo que o PS só o conseguiu à oitava vez, que é o mesmo que dizer ao fim de 33 anos de regime democrático. E mesmo assim só obteve uma diferença de 3,2 pontos percentuais de votos a mais em toda a Região.
Mesmo partindo para o seu terceiro mandato, a Drª Berta Cabral ganhou estas eleições com 60,69%. Teve mais 8.600 votos do que o candidato do PS.
A obra feita, a sua competência, a confiança e esperança que o Povo nela deposita, deram-lhe mais uma extraordinária vitória.
Fez o que devia. Teve uma palavra de apreço e de partilha de sentimentos para com os que perderam, cumprimentou os vencedores e foi ao encontro de todos aqueles que com ela queriam festejar. É isso que um líder deve fazer.
Pelo contrário. Não ouvi qualquer palavra de solidariedade de Carlos César para com o derrotado do Partido Socialista, o homem que foi apresentado como um universitário, conhecedor da Europa e das cidades europeias, que o é. Nestas eleições, o Dr. Paulo Casaca obteve mais votos para o PS do que o seu homólogo nas autárquicas de 2005. Contudo, foi feito desaparecer na noite das eleições. Não o merecia.
in "Correio dos Açores"
Ponta Delgada, 14 de Outubro de 2009
Cláudio Almeida
Cláudio Almeida
2 comentários:
A Drª Berta Cabral tentava fazer crer que o PS andava em fim de ciclo e que perderia, uma por uma, todas as eleições.
Os eleitores disseram-lhe que não. Se Berta Cabral ganhou as europeias, no meio de uma abstenção devastadora, perdeu os dois outros actos eleitorais.
Em fim de ciclo, afinal, não estava o PS de Carlos César mas o PSD irrenovado de Berta Cabral.
Berta Cabral perdeu em toda a linha. Primeiro porque responsabilizou os candidatos pela derrota, segundo porque partiu de pressupostos errados.
Quer se queira quer não, este PPD/PSD precisa de vassoura como de pão para a boca.
Com esta liderança de Berta Cabral este PPD/PSD não tem hipóteses de enfrentar Carlos César em 2012.
Cláudio, é verdade que Berta Cabral venceu em casa, onde ela era candidata e deu a cara, portanto, por muito que se queira abafar, também é uma das vencedoras da noite.
Também é verdade que ao nivel regional as autárquicas não correram de feição ao psd, em muitos locais perdeu e em poucos recuperou ou avançou em relação a 2005.
Isto quer dizer que o psd tem de pensar melhor, aliás muito melhor, a sua estratégia para os Açores e esta é também uma verdade a ter em conta.
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