A crise por agora parece ter efeitos positivos, as taxas de juros baixam constantemente, os produtos alimentares tendem a baixar e o petróleo está em baixa nos mercados internacionais. Como dizia um senhor no café esta crise é dos ricos, o pobre até está bem. A realidade pode não ser bem assim, mas anda lá perto.
O petróleo tem batido os mínimos dos últimos anos e caiu cerca de 100 dólares desde o pico de preços do Verão passado, onde tudo aumentava. Na altura, a OPEP dizia que o problema estava nos intermediários, nos especuladores que retiravam lucros entre o produtor e o consumidor final. Os governos também aproveitavam, a melhor altura para subir os impostos é quando dá-se subidas, pois o imposto mistura-se com o aumento e simula-se o acréscimo de tributação.
O preço da matéria-prima caiu, e não é notória essa quebra no produto final, os passes aumentaram, os combustíveis, os produtos alimentares, as prestações de serviços de transportes, as viagens aéreas... 100 dólares depois, os preços continuam na mesma, nem vale a pena referir o exemplo das nossas tão queridas SATA & TAP. O problema nem é que os preços não fizeram sentir a quebra de 100 dólares, o problema será quando começar a acontecer uma nova subida. Serão necessários novos reajustes, justificados pelo aumento e o consumidor com figura de parvo irá pagar dois aumentos pela mesma justificação quantitativa.
A OPEP já avisou, haverá cortes na produção. É a tal história da oferta e da procura... O problema não está na OPEP - pelo menos nesta história, não está - está sim, nas irresponsabilidade das empresas e governos em ajustar os custos de produção aos custos do produto final. É necessária competência na hora de fazer o preço. Afinal, estará sempre o consumidor no último reduto para pagar a factura...
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