Entendo que a avaliação é uma necessidade e o que se deve discutir é apenas o procedimento e os critérios, em boa medida acho que a sociedade portuguesa já entendeu que é necessário avaliar os docentes. Criticar a Ministra é fácil e pedir a demissão é algo contraprucedente, ainda para mais vindo dos professores.
Importa não esquecer que apesar de se discordar da política da educação, pelo menos temos uma política definida. Basta olhar para a lista dos 23 nomes que já passaram pelo Ministério da Educação desde 1976 e se quiser-mos recuar até ao 25 de Abril foram 31 os MdE. Sendo eu acérrimo defensor da estabilidade política, não vou defender demissões políticas, seja de que partido for.
Em ambas as partes temos assistido a más posições, a Ministra da Educação teima em abrir-se ao debate e a cultura do quero posso e mando não tem dado frutos. Do outro lado, os professores têm tido posições pouco dignas de uma profissão que se quer prestigiada. Diga-se que as últimas esperas à Ministra da Educação não foram condenadas pelos professores, basta dar uma vista de olhos pela opinião destes - em especial na blogosfera. Quando os professores são alvo de comportamentos violentos se não há uma condenação do MdE há um coro de assobios ensurdecedor, quando acontece o contrário, infelizmente há professores que aplaudem...
3 comentários:
É que o MdE e a Sra Ministra não estão sujeitos às suas próprias políticas.
Com o sistema implementado e da forma com que os professores estão a ser tratados, podemos todos esquecer o prestigio da sua profissão.
Podem mandar quadros interactivos para as escolas, podem enviar "Magalhães", internet, tudo! O problema da educação só será resolvido quando os professores forem vistos, não como os culpados do estado da educação, mas como aqueles que têm de ser aliciados, estimulados, esperançados, em prol de um bom sistema educativo em Portugal.
Enquanto a esperança não for devolvida os professores, podem "politicar" à vontade e inventar mil e uma formas de fazer subir as estatísticas da educação em Portugal.
Onde se lê "não for devolvida os professores" deve ler-se "não for devolvida AOS professores"
Caro Diogo,
não concordo com grande parte da política de educação desta ministra, mas com 31 minitros desde 74 em poucos anos tivemos 31 forma de ver a educação, por isso é que não há rumo. Discordo deste rumo, mas pelo menos temos uma linha.
Acho que nunca houve um ministro a cumprir mandato até o fim, enquanto não existir estabilidade política nunca haverá reformas concretizadas com sucesso.
Haja Saúde
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