17 abril, 2008

Uma visão sociológica.

Escrevo aqui uma breve reflexão sobre a ida do Jorge Coelho para a "Mota Engil" e o lobby das empresas de construção civil.
Quando o ministro Mário Lino e o nosso primeiro-ministro José Sócrates decidiram que a construção do novo aeroporto seria na OTA, desde logo surgiu a opção Alcochete, que também desde logo foi posta de parte. Para sustentar a frase "Margem Sul jamais", esteve as questões ambientais, com o maior aquífero da Europa situado na zona de Alcochete, a base da força aérea Portuguesa a uns quilómetros de distância de Alcochete, a academia de tiro, as questões dos transportes, entre inúmeras outras coisas.
O que é certo, é que de um momento para o outro, o ministro Mário Lino e o primeiro-ministro, mudaram a sua opinião, sustentada num parecer dos grandes empresários Portugueses. Este dossier foi entregue ao primeiro-ministro, ao ministro das obras públicas e até ao Presidente da Republica, tendo custado mais de 200 mil Euros e tendo sido elaborado em menos de 3 meses.
Ora, aqui é visível o grande poder de Lobby dos empresários, que fizeram com que uma obra de grandes dimensões e de muitos milhões de Euros fosse alterada como do dia para a noite. Pois os interesses dos empresários de construção civil na margem sul é óbvia, ficariam a ganhar, desde logo, com a construção das vias de comunicação, nomeadamente uma Ponte, pelo facto da margem sul ser menos povoada, logo com a construção do aeroporto e das vias de comunicação há a necessidade da construção de empreendimentos comerciais e de habitação, e também por outro lado, é preciso não deixar de referir que o maior “Outlet” do pais o "freeport" lá se situa e é pertence de Belmiro de Azevedo.
E mediante este cenário, é natural que a ida de Jorge Coelho para a "Mota Engil" tenha sido para prepara o dossier de candidatura à construção do novo aeroporto e suas infra-estruturas.

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