16 janeiro, 2008

E porque não ao contrário?

Reparei hoje (16-01-2008) no jornal, a afirmação do Director Regional do Trabalho, Dr. Rui Jorge da Silva Leite de Bettencourt, sobre os valores pouco expressivos de licenciados nos açores. Claro que todos nós queremos mais licenciados, que ainda estamos muito abaixo da média Europeia e que é importante que tenhamos uma população formada e profissionalizada.
O problema aqui será outro. Não vale a pena ter licenciados que, ao finalizarem o seu curso e lançarem-se no mercado de trabalho, não conseguem emprego. Não valerá a pena ter licenciados a trabalhar em empregos que nada têm a ver com a sua licenciatura.
O governo pede mais licenciados mas preocupa-se pouco depois destes estarem cá fora. A prova disto está na fraca procura pelas empresas, motivo que leva a taxa de licenciados seja pequeno. Não podemos pedir licenciados se depois não existem condições para estes, obrigando-os a uma solução de recurso, que leva muitos a crer que o tempo perdido na universidade para completar o seu curso,, com tanto esforço financeiro, foi uma perca de tempo. O governo deverá preocupar-se em criar condições de desenvolvimento para que as empresas contratem licenciados, criando assim falta de licenciados que originará a formação dos mesmos. É um ciclo típico das aulas de economia. Se temos falta o mercado ajusta-se a essa falta, mas o contrário também se coloca. Se não existe necessidade, não haverá criação. Por isso penso que se deveria ter cuidado ao fazer afirmações deste género sem pensar-mos no porque do problema. É fácil dizer que precisamos de mais, mas complicado arranjar soluções.

1 comentário:

Claudio Almeida disse...

Luis, bem pensado!

defacto existe muitos recém licenciados, que terminam o curso e depois não encontram emprego. O mesmo acontece com os constantes jovens que terminam a formação profissional e depoios não têm mercado adequado à sua formação.