Ainda não me pronunciei sobre o assunto Dalai Lama, mas vou fazê-lo agora, porque acho que a diplomacia Portuguesa e o nosso governo, pouco ou nada soube lidar com esta situação.
Nascido em 1935 no nordeste do Tibete, o Dalai Lama vive no exílio em Dharamsala, no norte da Índia, desde que fugiu do país em 1959, nove anos depois da invasão chinesa.No passado dia 13 de Setembro, a convite de várias instituições, ainda para mais durante a presidência portuguesa da UE, Dalai Lama deslocou-se a Portugal. Não foi recebido oficialmente pelo governo Português nem pelo Presidente da Republica, alegadamente para não prejudicar as relações com o governo Chinês, e digo alegadamente, porque a justificação oficial foi de que não houve um pedido por parte de Dalai Lama para ser recebido pelos governantes Portugueses.
As Relações Portuguesas com o governo de Pequim não nos trazem grandes lucros, quando temos um aliado como os EUA ou restantes países da UE que nos garante muitos mais benefícios. A única relação que aqui vejo, e sem benefícios para Portugal, é a vinda centenas de chineses com a ideia de abrirem umas lojas e montarem o seu pequeno comércio de família, sem haver uma integração na sociedade portuguesa.
Por outro lado, alienar a forma como o governo chinês recebeu o primeiro-ministro Sócrates na china, em que até o mais alto dirigente da Republica Popular da China arranjou uma viagem a ultima da hora para Angola (coincidência ou não!?), Portugal tinha tudo para receber bem o líder espiritual do Tibete.
E agora, fazendo um termo de comparação, a Chanceler alemã fez a questão de receber a sua santidade o Dalái Lama de braços abertos, sem temer as pressões do governo Chinês. (Digamos que "o governo português não teve tomates").
O Tibetano, não é apenas um "agitador" que "usa a religião como cobertura" para atingir os seus "objectivos políticos" (caracterização do governo de Pequim) mas sim, um líder religioso e digno de um prémio Nobel da Paz em 1989.
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