17 novembro, 2006

Greves na educação


Nos Açores apenas a Escola Secundária de São Roque do Pico aderiu à convocatória que circulou desde o início do mês para uma greve marcada para ontem.
Através da internet e dos telemóveis, os alunos do secundário foram incentivados a fazer greve contra as aulas de substituição.
No arquipélago, a Federação Regional de Associações de Estudantes do Ensino Secundário dos Açores (FRAESA) condenou este tipo de manifestações por parte dos alunos e considerou não haver motivos na Região para greves contra as aulas de substituição.
O presidente da FRAESA, Rómulo Ávila, considerou que a Federação está ao lado dos estudantes continentais, que optaram por se manifestar. No entanto, diz que nos Açores a Federação é a favor das mesmas aulas. Isto apesar de referir que o modelo actual não é o mais correcto.
Rómulo Ávila afirma que em muitas escolas dos Açores há uma duplicação das aulas, porque é dada uma de substituição e o professor da disciplina, quando retoma o trabalho, volta a dar a mesma aula. Nesse sentido, “duplica-se a carga horária”.
Perante um modelo que deve “contribuir para o sucesso escolar”, o presidente da FRAESA diz também que o professor de substituição deve ser da mesma área da disciplina que vai leccionar, “o que muitas vezes não acontece”.
Para o representante dos estudantes do secundário, “se quisermos alguma credibilidade temos de apostar na seriedade e respeito que as próprias questões da educação exigem”.
in "Açoriano Oriental"

1 comentário:

Anónimo disse...

Realmente é vergonhoso ver o nome da minha escola, em sentido tão denegredor. Concordo plenamente com os motivos da greve, até escrevi sobre isso no meu blog, mas com as formas como foi efectuada, discordo completamente. Para além da uma greve ser diferente de uma manifestação, o que se efectuou foi completamente humilhante para os alunos que não se juntaram a esta. Ao ponto que isto chegou, por sms e internet é que se convocou uma greve... Meu Deus.